dezessete

 Bruna: Ué, eu vim te ver -ela entrou no quarto- Mas o que você estava fazendo aqui? -me olhou e eu perdi a minha voz, não sabia o que dizer-

Junior: O Gil pediu pra ela trazer meu remédio, ele ta ocupado editando umas fotos minhas, por isso -ainda bem que ele respondeu rapido-

Marcela: Então, espero que sua dor passe logo, eu só ajudei ele mesmo. 

Bruna: Ué mas o Gil não disse nada, eu poderia ter trazido.

Junior: Mas a Marcela estava aqui né, e tem horario pra eu tomar, se eu demorasse ia bagunçar o horario dos outros. 

Marcela: Eu vou descer então, melhoras ai. -sai dali voando, quase que fomos pegos, temos que parar com isso. Desci e procurei meu pai e achei ele, hora da verdade- Oi, podemos conversar? 

Mauro: Oi linda, podemos, senta ai -estavamos no jardim e eu sentei numa cadeira que tinha ali- O que houve? 

Marcela: O que minha mãe quer? -ele arregalou os olhos-

Mauro: Como você sabe?

Marcela: Eu ouvi sem querer -encarei ele- 

Mauro: Ela quer dinheiro, mas eu não vou dar nada pra ela, ela acha que eu sou seu empresario, que cuido das suas coisas. 

Marcela: Só isso? Ela não disse mais nada? 

Mauro: Ah, mesmo papo de sempre, que queria te ver, que quer te encontrar.

Marcela: Manda ela pro inferno, e eu se eu ver ela na rua, que ela mude de calçada. E pode falar que eu falei isso, se ela continuar ligando pra você eu vou atrás dela. 

Mauro: Não vai fazer nada hein, pelo amor de Deus Marcela.

Marcela: Pai, ela quer dinheiro, fica te estorquindo, e você só fala isso? Nada disso, não devo nada pra ela, nem você. Então, se ela ligar de novo, pode dar o recado.

Mauro: Me lembrei da vez que você brigou na escola -rimos- Ta igual aquele dia, toda nervosa.

Marcela: Palhaçada, a menina procurou e achou -dei ombros- Mas pode avisar ela, não tenho nada pra dar e nem você vai dar nada. 

Mauro: Não vou e liga pra sua tia. 

Marcela: Vou fazer melhor, vou trazer ela pra cá -disse rindo- 

Mauro: Duvido que ela venha pra cá, duvido. 

Marcela: Claro que vem, sou eu que to pedindo, ela vem sim -rimos-

Mauro: Tenta a sorte então. 

Marcela: Vou ligar pra ela agora -peguei meu celular e liguei pra ela- Finalmente me atendeu.

Patricia: Lembrou de mim né fia de uma égua -eu dei risada-

Mauro: Lembrou -ele disse aparecendo- 

Patricia: Cachorra veia.

Marcela: Queria te fazer um convite. 

Patricia: Oh Marcela, você não vem com história pro meu lado não.

Marcela: Mas eu nem disse nada ainda, calma mami -ri- 

Mauro: Deixa ela falar Patricia, caramba mano -eu dei risada-

Patricia: Fala então.

Marcela: Vem pra cá, passar o Natal com a gente.

Patricia: Só se eu vender a minha casa, que jeito Marcela?

Marcela: Eu nçao estou falando pra você vender sua casa, eu to te chamando pra vir pra minha casa, ficar uns dias comigo, uns meses talvez. 

Patricia: Marcela só liga pra ficar de história comigo, fala logo. 

Marcela: Mãe, eu to pedindo pra você vir pra cá pra ficar comigo, eu vou bancar sua viagem.

Patricia: Ta doida, eu andando de avião? Jamais. 

Mauro: Para de graça.

Marcela: Viu, até meu pai te quer aqui. 

Patricia: Que dia isso? 

Marcela: Uma semana antes do Natal, pode ser? 

Patricia: Ta, vou atras do meu passaporte, tanto tempo que não sei o que viajar, só você mesmo.

Marcela: Fechadoooooo 

Patricia: Escuta aqui, se você acha que eu não vou te dar uns cascudo quando eu chegar ai, ta muito enganada, eu sei de tudo ta? -ela falou bem sério comigo-

Marcela: Ta bom, chegando aqui a gente conversa.

Mauro: Sabendo o que? 

Patricia: Nada, mas eu vou falar com ela. 

Marcela: Ta bom, vou ver as passagens e te mando mensagem, ah traz aquele doce pra mim? 

Patricia: Eu faço quando chegar ai, vou ver minha novela, tchau -ela deu risada, mandei um beijo e ela desligou- 

Mauro: O que você aprontou? -ele me encarou-

Marcela: Nada ué. 

Mauro: Sua mãe de longe sabe das coisas, você sabe que ela é medium e fica aprontando por ai, nem vou te defender porque sobra pra mim. 

Marcela: Por isso ela disse que quando chegar, nós vamos conversar. 

Mauro: Olha lá hein, olha lá... 

Marcela: Ai pai, não to fazendo nada demais, eu hein. 

Mauro: Agora né, porque ta longe do problema e ta mais velha e mais responsavel. 

Marcela: Ou não né -disse rindo- 

Mauro: Eu não te bato, mas sua mãe bate, ce sabe -rimos-

Jota: Como é que é, Marcelinha apanha? -ele chegou e se sentou-

Marcela: Você acha que eu ando na linha porque? -rimos-

Mauro: Marcela era terrivel, mas quem pode contar as histórias é a Patricia, ela sabe bem. 

Jota: Quem é essa? 

Marcela: Minha mãe de criação, irmã desse cidadão aqui -apontei pro meu pai- 

Jota: Fiquei curioso agora hein. 

Mauro: Quando ela chegar, você pergunta -rimos- 

Marcela: É, vou ver a passagem pra tentar vir na semana do natal, espero que tenha.

Jota: Olha, vai ser mais caro, se eu fosse você já via pra essa semana hein. 

Mauro: Verdade, já ve hoje isso ai.

Marcela: Pega agua pra mim? -olhei pro meu pai- 

Mauro: Pego né -ele levantou e eu fiquei com o Jota-

Jota: Então eu vou conhecer sua mamãe? 

Marcela: Vai, e ela já disse que vai me dar uns cascudo quando chegar aqui. 

Jota: Porque? -me olhou- 

Marcela: Ela é medium, então, ela sabe de tudo. Não tenho paz nem no mundo dos mortos -rimos- 

Jota: E ela sabe de que? 

Marcela: Eu e seu amigo né, tolo. 

Jota: Puts, sério? -ele deu risada- E que mal tem isso? 

Marcela: Ele tem a Bruna né, e a gente se pegando por ai escondido -falei atpe mais baixo pra ninguém ouvir-

Jota: Mano, boa sorte e eu quero conhecer ela.

Marcela: Ela é demais, convenci ela a vir pra cá, agora vou ver as passagens e veremos né. 

Mauro: Sua agua -ele me deu o copo- 

Marcela: Demora hein -disse rindo-

Mauro: Ah vai se lascar menina -ele saiu rindo- 

Jota: O carinho de vocês -ele deu risada-

Marcela: Ce não viu minha mãe, eu tiro ela do sério -rimos- Mas enfim, me ajuda a ver os dias aqui.

Jota: Po, vamos ver pelo computador, é melhor. 

Marcela: Melhor né? -ele apenas assentiu e nós fomos na sala de jogos lá, ele ligou o computador pra mim e eu fui pesquisando e ele me ajudando. O Jota é um amigão, eu nunca imaginei que ele seria tão parceiro assim.

Gil: Ué, ta aprendendo a jogar Marcelinha? -ele entrou- 

Marcela: To vendo umas passagens pra minha mãe vir pra cá.

Gil: Sua mãe? -ele me olhou sem entender- 

Jota: Tia dela, ela chama de mãe.

Gil: Po que bacana, vai passar o Natal com a gente? 

Marcela: Ainda não sei hein. 

Jota: Claro que vai, ta doida.

Gil: É, vai ser da hora, geral junto, vai ser legal conhecer sua mãe. 

Jota: A mãe dela vai chegar dando uns cascudo nela hein, pago pra ver. 

Marcela: Para com isso, ela da pra valer viu -rimos-

Gil: Ih, apanhando até hoje.

Jota: Vamos aguardar a tia chegar né. 

Gil: Ai vocês ficam aqui po.

Junior: Quem fica aqui? -ele entrou também e eu gelei na hora-

Eles: A mãe da Marcela e ela -eles se olharam e riram-

Marcela: Meu Deus -disse rindo- 

Junior: Como assim? -ele ficou sem entender-

Marcela: Minha tia vai vir pra cá, to comprando as passagens, ai os meninos deram a ideia de passarmos o Natal aqui.

Junior: Ah, passem aqui sim, o que tem? Eu apoio. 

Jota: Viu, todo mundo quer

Gil: O bem sempre vence -rimos- 

Marcela: Ta bom vai, ficaremos aqui. 

Junior: E quando ela vem? 

Marcela: Queria que ela viesse uma semana antes do Natal, mas o Jota disse que é meio complicado nessa epoca do ano.

Junior: Se ela vir de madrugada, não é tão ruim assim não. 

Gil: É mas e o tempo? 

Marcela: Gente, comprei já, semana que vem ela vem pra cá. 

Jota: Ansioso pra ver você tomando uns cascudos. 

Marcela: Joclecio se liga hein -rimos-

Junior: Está aprontando por ai é? 

Gil: Está, pra apanhar -rimos- 

Marcela: Não, é porque eu nçao liguei pra ela nesses ultimos meses, e pra compensar vou trazer ela pra cá né.

Junior: Justo, ta certo. E fica aqui no natal sim po, geral em familia. 

Gil: Vai ficar né? 

Jota: Fala que sim 

Marcela: Ta bom, ficaremos aqui. 

Jota: Otimo. 

Marcela: Só ligar pra ela agora né pra falar sobre isso e aguardar a chegada dela. -sai dali e fui ligar pra minha mamis, falei das passagens e ela concordou, conversamos mais um pouco e logo desliguei. Fui pra cozinha, achei umas uvas e comi ali mesmo. Fiquei vendo meu insta, curti umas fotos e a Bruna chegou na cozinha.

Bruna: Oi, ta sozinha porque? 

Marcela: Estava falando com a minha mãe, nada demais. 

Bruna: Ah claro, escuta, desculpa se fui invasiva perguntando o que você estava fazendo no quarto do Junior, ele me explicou que você só ajudou ele. 

Marcela: Ah ta tudo bem, ficamos conversando e você chegou, tudo tranquilo. -coitada, vou parar de ficar com ele, ta decidido-

Bruna: Ah, ele disse, mas peço desculpa mesmo assim. Mudando de assunto, você poderia me passar a receita da torta de banana? 

Marcela: Passo sim, tem folha e caneta? 

Bruna: Vou ver aqui -ela abriu umas gavetas e achou o que precisava- aqui.

Marcela: Hm, eu vou muito pelo olho sabe, então as medidas provavelmente são essas -fui anotando tudo- 

Bruna: De boa, eu faço a mesma coisa. 

Marcela: Aqui, sabe, queria comer um bombom de travessa.

Bruna: Nunca comi, acredita? 

Marcela: Eu fiz umas vezes na casa da minha ex sogra, ela amava, será que tem as coisas? 

Bruna: Acho que não hein. 

Marcela: Então deixa, outro dia eu faço. 

Bruna: Ah, vou providenciar então. 

Marcela: Beleza, quando eu vier eu faço. 

Bruna: Fechado. 

Ficamos conversando ali por um tempo, a Bruna é muito legal e não merece ter eu no caminho dela com o Junior, decidi que não vou ficar entre eles. Disse que ia embora, eles pediram pra eu ficar, mas eu queria ir pra casa descansar, o outro dia ia ser de trabalho e bem cansativo. Quando eu estava saindo o Junior me chamou. 

Junior: Calma ai.

Marcela: O que foi? -olhei para ele-

Junior: Não vai se despedir de mim? 

Marcela: Falei tchau la dentro, coletivo.

Junior: Não, tem que ser do nosso jeito. 

Marcela: Junior, é melhor a gente parar, não é legal fazer isso, principalmente com a Bruna, ela parece gostar de você e eu não quero ficar no meio de vocês dois.

Junior: Mas eu não tenho nada com ela Marcela.

Marcela: Tem sim, na cabeça dela vocês tem, se não tivesse ela não ficaria aqui aqui na sua casa, quase que ela pegou a gente no seu quarto e ficou uma situação bem chata.

Junior: Nada a ver mano, para com isso. 

Marcela: Não, melhor a gente parar mesmo, é bom que ninguém tem sentimentos por ninguém, ninguém sofre. 

Junior: Porque você quer isso? 

Marcela: Porque sim, é melhor desse jeito, não quero ser motivo do termino de vocês nem nada, e ela é um amor comigo, não acho justo.

Junior: Eu não concordo com isso, mas se você quer assim -deu ombros- 

Marcela: Se cuida ta -dei um beijo na bochecha dele. Entrei no carro e fui direto pra casa. Ta bom, fiquei chateada, mas foi o melhor a se fazer, não é justo isso tudo. Ele é uma pessoa do bem, mas não posso mais fazer isso.

Não acredito que a Marcela não quer mais ficar comigo, tudo bem que ela não errou em dizer que era errado o que estavamos fazendo com a Bruna, mas eu só queria um tempo pra terminar com ela, mas nem deu tempo. Ela me faz bem, u gosto de ficar com ela, não que a Bruna seja uma pessoa ruim e me faça mal, mas a Marcela é diferente, não sei explicar, mas ela me faz bem. Talvez ela seja a pessoa certa na hora errada? Como pode, a pessoa mudar minha vida assim e depois ir embora? Não consigo ler ela, não sei se ela gosta de mim, mas eu não posso obrigar ela a ficar comigo, eu tenho outra pessoa também, mas não é a mesma coisa. Subi pro meu quarto e fiquei pensando em muita coisa, fui tomar um banho pra eu esfriar a cabeça, mas o pensamento só me trazia ela dizendo "é melhor a gente parar". Fiquei chateado, mas guardei pra mim, só o Jota sabia de nós dois, eu só tinha ele pra falar sobre isso, e tinha que esperar. Terminei meu banho, fui me trocar e fiquei assistindo, comi no meu quarto e ali eu fiquei até eu pegar no sono. 

19 de Dezembro de 2021

Domingo. Acordei cedinho, tomei um banho, um café rapidinho e fui direto pro aeroporto buscar minha mamãe. Cheguei la e fiquei esperando, era só uma hora. Nessa semana eu não tinha falado com o Junior, desde que decidi falar com ele sobre nós dois, ele ve meus storys, reage, mas nem tocamos no assunto e assim ta sendo, uma semana que nós nos afastamos e foi melhor assim. Nem o Jota me mandou mensagem essa semana e ele me manda todo dia alguma coisa, mas tudo bem. Fiquei vendo na tela quando ia chegar o voo do Brasil e tinha acabado de pousar, fui esperar minha mãe e logo ela veio. Nos abraçamos tão gostoso, ajudei ela com as malas e fomos até o meu carro, coloquei tudo lá e partimos pra minha casa. 

Patricia: Que carrão hein, olha. 

Marcela: Vou te dar um. 

Patricia: Não, não quero carro -ela deu risada- 

Marcela: Não quer nada, só quer me xingar mesmo. 

Patricia: Eu gosto de fazer com você, e você merece e que história é essa que você anda se pegando com o jogador? -ela me olhou- 

Marcela: Não estamos mais.

Patricia: Porque? 

Marcela: Ué você soube que eu estava ficando com ele, mas não sabe porque eu parei.

Patricia: Marcela, eu sei o porque, mas quero ouvir de você -ela me encarou- 

Marcela: Porque ele tem a ficante dele, e eu não quero mais ficar com ele.

Patricia: Me responde desse jeito de novo pra você ver. E você acha que fez certo? 

Marcela: Sim, foi a melhor escolha, não quero ficar no meio deles. 

Patricia: Quando você cair na real, que gosta dele, você vai ver só. 

Marcela: Eu não gosto dele mãe, eu hein, 

Patricia: Mentirosa, mas enfim. E seu pai? 

Marcela: Ta bem, mora lá com eles e eu moro sozinha. 

Patricia: E porque não ficou com eles? 

Marcela: Queria ficar sozinha, na minha casa. 

Patricia: Você vai voltar pra lá. 

Marcela: Vou? 

Patricia: Vai, to falando que vai é porque vai. 

Marcela: Trouxe meu doce? 

Patricia: Sim, e quase fico presa lá, culpa sua. 

Marcela: Nem fiz nada -ri-

Patricia: Ta se alimentando bem? 

Marcela: Estou, to muito magra? 

Patricia: Não, ta normal. Só te achei mais palida

Marcela: Só faz frio aqui também, não bate um sol. 

Patricia: O lugar que você me traz não tem nem sol, palhaçada.

Marcela: Mamãe, para com isso. Chegamos em casa -estacionei o carro, peguei as malas dela e entramos- 

Patricia: Ah nossa foto -ela pegou um quadro que tinha na sala- Essa viagem foi muito boa, o Igor que tirou essa foto.

Marcela: Foi nossa melhor viagem mesmo. 

Patricia: Você sente falta dele, mas evita chorar porque? -ela me olhou- 

Marcela: Não tem porque disso. 

Patricia: Minha filha, eu te criei pro mundo, pra ser quem você é, não te criei pra ser de ferro não. 

Marcela: Já chorei tudo no enterro dele. 

Patricia: Não foi o suficiente, mas enfim depois falamos sobre isso. 

Marcela: Vem conhecer a minha casa -eu puxei ela e fomos ver o quarto dela,  meu que estava bagunçado e ela brigou comigo, novidade né. Ela desfez as malas dela, mandei foto nossa pro meu pai e ele pediu pra gente jantar lá, decidimos que iriamos né. Ela arrumou as coisas dela, mandou eu arrumar meu quarto  eu fui, porque se vocês acham que eu não tomo uns esporro, eu tomo sim. Se não fosse essas brincas eu nunca seria quem eu sou hoje. Terminei tudo e ela tinha feito um almoço pra gente, almoçamos, fofocamos. Fui lavar a louça e ela me ajudou. 

Patricia: Quanto tempo você fica com ele? 

Marcela: Meu Deus, uns meses, uns dois meses por ai. 

Patricia: Filha, qual o problema em assumir o que sente? Não é o fim do mundo.

Marcela: Perdi o Igor, foi precoce, tão rapido, não quero saber disso, não to preparada pra me decepcionar.

Patricia: Você perdeu o Igor pra vida errada, você nem se decepcionou e já está falando em decepção minha filha. 

Marcela: Mãe, eu achei que eu ia demorar pra envolver com alguém de novo, mas foi rapido sabe, foi um negocio que eu nunca cogitei que ia acontecer. 

Patricia: Você mais do que ninguém sabe que as coisas acontecem por um proposito, se aconteceu rapido é porque tinha que acontecer. Você nunca foi de se privar pra nada, muito menos pra amar. 

Marcela: Mas é diferente mami, eu nem sei explicar, porque ele é famoso, o melhor jogador, tem quem ele quiser. 

Patricia: Isso anula o fato de ser uma pessoa maravilhosa, uma super modelo? Não, filha você bate de frente com tanta gente por causa de um amor, eu sei que você amou o Igor, de coração, porque ninguém fez o que você fez por ele. Você bateu de frente comigo e eu aceitei. As coisas acontecem assim, quando é natural é mais gostoso.

Marcela: Mas acho que a gente acabou mesmo, só isso. 

Patricia: Escuta, a casa que seu pai trabalha é chique? Menina eu não enho nem roupa pra isso. 

Marcela: Vamos comprar então, você vai toda chique. 

Patricia: Vamos -ele disse rindo- Vamos agora, porque quando a gente chegar, só nos arrumamos e vamos. 

Marcela: Sim dona Patricia. - Só fui mudar de roupa, escovei os dentes, minha mãe se arumou tão rapido, e ficou me acelerando ainda. Peguei minha bolsa e fomos comprar umas roupas pra ela. Andamos o resto do dia, eram quase 20 sacolas só de roupa e sapato, ela ficou toda feliz e eu também. Fomos embora ja estava anoitecendo, chegamos em casa, tiramos tudo do carro, ela foi se arrumar e eu também. Lavei meu cabelo, tomei meu banho na maior paz do mundo, logo sai e fui me arrumar, coloquei minha roupa, sequei meu cabelo e fiz minha maquiagem, maquiei minha mãe também porque ela me obrigou, e estavamos prontas, só tinha que por meu sapato mesmo. Peguei meu sobretudo, minha bolsa, ela a mesma coisa e fomos jantar. Ela avisou meu pai e nós partimos. 

Patricia: Marcela, não tenho que levar nada não? -rimos-

Marcela: Não, eu tenho que levar você lá, os meninos querem te conhecer. 

Patricia: Você e seus amigos, falando em amigo, sabe o Gustavo? Ele se formou, achei lindo.

Marcela: Nem sabia que ele estava estudando mas que bom pra ele, tem tempo que não falo com ninguém. 

Patricia: Virou dentista, a mãe dele me mostrou as fotos. Você não falava nem comigo, imagina com amigo seu.

Marcela: O drama de milhões.

Patricia: Ó não vai ter nada muito chique não né? Essas coisas de caviar, aquele negocio de comer na concha? 

Marcela: Não -eu dei risada-  fica tranquila ok, ah sabe do que meu amigo gosta? Aquela torta de banana que você me ensinou, eles amaram.

Patricia: Tu é sem vergonha né, quando ia me visitar não fazia pra mim, agora pra amigo seu.

Marcela: Ta eu faço pra você, mas amanhã, uma torta só sua. 

Patricia: Hm, vamos ver. -ela olhou pra frente e tinhamos chegado- Marcela do céu, que casa grande, eu numa dessa ia me perder. 

Marcela: É enorme mesmo.

Patricia: E linda, eita que linda.

Marcela: Chegamos. -estacionei o carro, pegamos nossas coisas e fomor até a porta, aperrtei a campanhia e logo abriram.- 

Jota: Marcelinha -nos cumprimentamos- 

Marcela: Oi Jota, essa é minha mãe -apresentei eles-

Patricia: Tudo bem? -eles se abraçaram- 

Jota: Podem entrar -eles no deu passagem e fomos até a cozinha- 

Marcela: Oi pai -abracei ele- 

Patricia: Finalmente -eles se abraçaram-

Mauro: Deu uns cascudos nela? 

Patricia: Uns puxões de orelha só -ela disse baixinho- 

Marcela: Sério? 

Mauro: Ela pode, você sabe. Querem algo? 

Patricia: Agua. 

Marcela: NÃO VAI TOMAR CAFÉ? -eu falei alto-

Mauro: Ela que começou -ele disse rindo-

Patricia: Marcela, você não começa não -eu dei risada- 

Marcela: Saudades de irritar ela assim. -me sentei no banco-

Patricia: O que tem pra fazer? 

Marcela: Nossa, a senhora podia fazer aquele macarrão né? 

Mauro: Aquele? 

Patricia: Ta bom -meu pai foi pegando as coisas pra ela e ela foi logo fazendo- 

Jota: Oie -ele veio da sala- Vim me juntar a vocês, os meninos foram tomar banho agora -ele sentou do meu lado-

Marcela: As noivas.

Mauro: Esse é o amigo da Marcela, vivem grudados.

Patricia: Milagre, Marcela não gosta de ninguém grudado nela -eu ri- 

Jota: De mim ela gosta, não vive sem mim. -rimos-

Marcela: Pior que eu odiava as pessoas atrás de mim mesmo. 

Mauro: E eu não sei, tanto que até saiu daqui. 

Jota: Verdade, por isso ela saiu daqui.

Marcela: Na verdade, eu queria mais privacidade, uma casa só minha. E agora eu tenho né, fazer o que. É pra mim mãe? -ela me deu um negocio-

Patricia: Não, é pra mim, fia duma égua. Não começa não Marcela -eu ri-

Jota: Oxe se ela te deu -ele deu risada-

Mauro: Ela faz isso mesmo Jota, o poder de irritar a mãe dela. 

Patricia: Eu tava sentindo falta disso, mas ja passou. 

Marcela: Ta vendo, não vive sem mim -comecei a beijar ela- 

Patricia: Sai daqui menina -ela se soltou- Ta pronto hein.

Mauro: Já vocês não estão fazendo nada, vão chamar o pessoal e arrumar a mesa. -nós saimos dali, o Jota gritou os meninos e me ajudou a arrumar a mesa, colocamos tudo.

Marcela: Lugar de roupa não é na cadeira viu não cidadã -joguei a blusa nela e dei risada-

Patricia: Caramba mano, menina do cacete. -ela deu risada- 

Jota: Ela pede né -rimos- 

Junior: Boa noite, boa noite -ele me olhou e ficou meio sem graça- 

Mauro: Essa aqui é a mãe da Marcela, Patricia -eles se cumprimentaram e ele sentou na minha frente-

Patricia: Lindo ele né Marcela -ela me olhou e eu ri-

Gil: Cheguei, oie -cumprimentou eu e minha mãe- Mãe da Marcela? 

Patricia: Pode me chamar de tia

Marcela: Seu nome é tia por acaso? 

Jota: Ih, olha o ciumes hein, vou chamar de mãe -ele deu risada-

Gil: Cade o tio? 

Mauro: Ja já ele aparece ai. 

Junior: Macarrão ta bom demais, que isso. -ele estava passando o pé na minha perna e eu encarando ele-

Jota: Tia que fez.

Gil: Ta bom mesmo hein. É tio Mauro, tia Patricia vai pegar teu lugar hein.

Marcela: Não fala isso não.

Patricia: Vou ficar uns meses aqui hein

Neymarpai: Boa noite, cheguei na hora boa -ele nos cumprimentou e sentou pra comer com a gente. Ficams conversando, pedi licença pra atender meu celular, sai da mesa e fui ver o que era, sério uma hora dessas e as pessoas ligando pra saber de job. Passei no banheiro, vi minha make, fiz xixi, lavei as mãos e sai do banheiro.

Junior: To com saudade, sabia? -ele surgiu na minha frente do nada, até assustei.- Você ta linda -ele me olhou de cima a baixo.

Marcela: Eu também. 

Junior: A gente pode conversar? 

Marcela: Agora? -encarei ele-

Junior: É, pode ser.

Marcela: ta bom, pode ser. -eu sei que minha mão começou a gelar, suar, que sensação escrota é essa, entramos no quarto dele, e um silencio reinou até que ele começou a falar....

Obvio que vou deixar pro proximo, e digo mais... Ai essa mamae é tudo sabe, certeza que ela vai ajudar a Marcela a descobrir os sentimentos dela.